Sunday, January 17, 2010

Francisco

No alto do monte ao lado da igrejinha, certa vez e por acaso, havia uma casinha afunilada, um cisco, e nela habitava um pequenino menino chamado Francisco.
Baixote e minguado, franzino e danado, corria alegremente na imensidão verde do pasto, seu sonho porem era alto.

Paredes gigantes, imensas colunas, janelas e portas agigantadas, cadernos, apagadores, mata-borrões, meninas engraçadas. Maravilha é aprender, monocórdias mesmices ditadas, sabedoria sussurrada, repassada, no pequeno imenso colégio.
O mundo não cabe num livro, se coubesse diria baixinho: Hei olha que belo, é o advento moderno, macrocosmo interno, exteriorizado sabiamente nas paginas de um caderno, a fronteira entre o céu e o inferno? Ser humano, mundo deveras, mundinho desumano.

Sua paixão contagia, suas noitadas, suas orgias, quem diria? Que o rei dos reis certo dia voltaria, de sandálias e túnica, barba e cabelos por fazer, caminhado chegaria calmamente até você, e com o semblante sereno iria dizer: Tu és digno, aquário, leão, sagitário, meu signo, de que importa o meu hino, na atual, hipnose intelectual onde se encontra o pequeno menino, o “Tisco”, onde habitaras tu? Menino Francisco

ass.: Radamés

Originalmente publicado em improloucunismo pós-româncomico em 6 de julho de 2007

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