Saturday, February 10, 2007

CONTRA A JUSTIÇA HIPÓCRITA!!!



Nosso mundo é hipócrita, nosso mundo é egoísta, pois ao negligenciar justiça a todos (veja bem, eu disse "todos"), conspira impiedosamente a favor desse estado de mal estar social no qual todos nós nos encontramos. Independente da cor se é branco, negro, asiático, hispânico, somos todos seres humanos, com os mesmos direitos e deveres enquanto gente de bem, mas sempre seres humanos.
O fato é que o sistema corrupto e racista sobre o qual nós vivemos, impõem a nós um estado de caos, de terror psicológico, devastando a consciência e impondo uma guerra absurda e hipócrita, uma guerra xenófoba, de um estado que persegue sua própria população. Os brancos republicanos, os brancos democratas, querem acabar com os negros, os latinos, os esquerdistas, os islâmicos, enfim tudo que eles acham indignos.
E distribuem essa cultura de ódio para nossas republiquetas falidas do terceiro mundo, e ai se paga caro, com essa negligência típica, de um estado alucinado que viaja nas teorias de conspiração. Que simplismente debocharam do poderio das nações do leste, achando que a tortura e humilhação nunca seria revidada e que nunca conseguiriam atingir o seio da América.
O estrago esta ai, já foi feita, quando vocês filosofaram sobre liberdade, e eu pergunto: Que liberdade é esta, que precisa para se perpetuar o sofrimento das nações ditas como subdesenvolvidas? Não precisa estar fora desses estados constrangidos para se ver a dimensão do problema.
Essa dimensão é gigante! Extrapola a estratosfera da compreensão racional, e Mumia Abu-Jamal é um exemplo do que estou falando. Mumia é um exemplo de segregacionismo que a teoria branca imperialista criou de que "Façam a burrada e coloquem a culpa no negro". Esqueçam este conceito, o mundo não tem mais espaço para isto, a humanidade anseia por liberdade, e Deus, e as portas do perdão, são um exemplo clássico de que a justiça social deve ser propagada em larga escala. E que o ideal de liberdade deve girar sobre um pilar de justiça como as engrenagens do sistema; Somos o erro do sistema, "a brecha", a "falha". cabe a nós mudar o destino.
Liberdade a Mumia Abu-Jamal um homem negro que esta preso porque nasceu negro, e porque onde ele nasceu os "fora do padrão" sempre levam a culpa.
Liberdade a Mumia já: http://www.mumia.org/freedom.now/
Perguntas de um trabalhador que lê.







Quem construiu a Tebas de sete portas?


Nos livros estão nomes de reis.


Arrastaram eles os blocos de pedra?


E a Babilônia varias vezes destruida -


Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que casas.


Da Lima dourada moravam os construtores?


Para aonde foram os pedreiros, na noite em que


a muralha da China ficou pronta?


A grande Roma está cheia de Arcos do Triunfo.


Quem os ergueu? Sobre quem.


Triunfaram os Césares? A decantada Bizãncio.



Tinha somente palácios para seus hábitantes?


Mesmo na lendária Atlântida.


Os que se afogavam, gritavam por seus escravos.


Na noite em que o mar os tragou.


O jovem Alexandre conquistou a Índia? Sozinho?


César bateu os gauleses.


Não levava sequer um cozinheiro?


Felipe da Espanha chorou, quando a sua Armada naufragou.


Ninguém mais chorou?


Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.


Quem venceu além dele?


Cada página uma vitória.


Quem cozinhava o banquete?


A cada dez anos um grande homem.


Quem paga a conta?


Tantas histórias.


Tantas questões.




Bertold Brecht Poemas de 1913 à 1956
Um dia qualquer



A água bate de mansinho na ponta da praia milhões vêem de longe mulheres de bela face se escondem por debaixo da saia os filósofos tentam entender a complacência do monge.A vida reporta ao sonho, facilidade de voar.Querer, querer e nunca tentar.Um minuto, pêra lá. Abatido pelo cansaço é terrível continuar.Você pede de mim algo irrefutável.A mim compete o direito de permanecer calado.Sua suplicas de homem economicamente viável.Reportam ao macro-cosmo fechado que insiste em maleavel manobra do pecado.
Quão belo será o amanhã?



Esse texto é dedicado a todas as pessoas que sabem o que querem da vida, é também dedicado aos sistemáticos que acham um jeito de tornar tudo familiar, por ultimo é dedicado aos rotineiros, que em seu cotidiano demonstram bravura ao agüentar a mesma rotina durante toda a vida. Essas pessoas aqui citadas tem a vida toda planejada ou subordinada, ou seja sabem sempre o que devem fazer antes de ter que fazê-los, nunca são pegos de surpresa e ai é que eles se privam do mais gostoso da vida. A surpresa.A surpresa é mágica, tem aquele diferencial das outras emoções, ela é mutável, uma pessoa se surpreende mais de uma vez na vida, mas nunca tem a mesma reação. A surpresa, serve de estimulo, as pessoas vivem num mundo egoísta e hipócrita, que exige muito das pessoas e lhes dá pouco; uma machadada, um tiro de misericórdia, enterra-se o sonho. É por isso que a surpresa é fundamental, porque as pessoas anseiam por isso, elas querem se surpreender, elas precisam disto, desse incentivo, dessa emoção embutida na áurea austera dos vencedores.Nessa regurgitação de indiferença sobre os vencidos. Os grandes Cesáres anexaram o resto do mundo até então conhecido para o bem da grande nação romana. Será que eles se surpreenderam? A arrogância silencia a surpresa, mas não a felicidade que provem dela; nesses picos de modernismo que a minha geração atravessa, não dá mais tempo para se surpreender.Nesse mundo que se modifica a cada quinze minutos, onde estará o código matricial? Ele é a surpresa, surpresa de ter chegado tão longe, surpresa de ter vencido mesmo tomando uma medida de solavanco, surpreso de ver o seu amor na porta dizendo – Sim eu quero casar contigo. Surpresa de ter se salvado e assim mudar de vida, por ter alcançado uma nova sintonia, ter acessado novos horizontes, límpidos como o orvalho da manhã que volta para o seio da terra mãe, de mancinho, descompromissado.Essa é a surpresa que te faz parar, retroceder no tempo e se sentir vivo, é de fato eu sou de carne e osso e sou tão frágil e vivo num mundo tão inconstante, cuja beleza é detento de um palácio feito de dinheiro sujo e onde a lavagem cerebral é maestralmente arquitetado. Com anseios de libertação que são liberados no vento, na forma de suplicas energicamente singelas de auto cunho sentimental e cujo os intelectuais se apegam por demais, e filosofam sobre algo parecido a felicidade.E em toda essa inconstância surge a surpresa. Por isso dedico esse texto aos sistemáticos, aos prevenidos e aos que sabem o que querem da vida. Pois eles com toda essa arrogância “certesista” esquecem que a surpresa é uma coisa fantástica, pois caracteriza a face da esperança. A essas pessoas infelizmente os poetas não se lembram quando compõem seus sonetos, nem os dramaturgos quando escrevem suas novelas, essas pessoas que eu mencionei tem uma grande desvantagem. A desvantagem de não esperar nada da vida, e assim não poder se emocionar. No leste os mais velhos costumam dizer aos mais novos que, os homens que sonham demais, são visionários, os que tem certeza da esperança são eloqüentes e os que nada temem quanto aos revezes do futuro são execráveis.
Sobre o viver
Quais de vossas questões imperialistas vão realmente ultrapassar essa barreira egoísta, que nós sadicamente chamamos de vida? Esses esforços de felicidade que de uma maneira ou de outra culmina no fracasso diário de quem lida com a justiça em dosagens de indiferença, enojamento, o homem violento. Vossas pílulas de alegria instantânea já não mais suprem minha necessidade de explicação, esses corações cansados que resistem na ultima noite da guerra, quantos navios afundaram juntos ao crepúsculo dos Deuses? Quem lembrou-se dos irmãos? Guerreiros para a vida, guerreiros pela glória de Deus, que justiça? Quem delegou? Nosso mundo é só especulação, minha vivencia, minha veemência, os calcanhares enraizados na terra dos antepassados. Olhe para o futuro, que paralelo demente nós fazemos com o passado? A face do pai? A bondade do filho! Meus Mujahideens não são dignos!




Famintos

O olhar é frio e em nada condiz com singela expressão de serenidade.Lapso de modernismo, modesto e absurdo.Celulares em punho, muito requinte.Exigência, veemência, consciência; aqui não há!Enchem seus espíritos consumistas, nada orgânico.Tudo sintético, estético, patético, metamorfose em contraste.O real e o imaginário, papel moeda não imprimi os livros do proletariado.Sem ressentimento ou mantimento meu veneno, já não é o mesmo.A muito se tornou indigno. Que identidade é essa?Qual marco perfeito, ilustrou a conquista da primeira pagina?Quantos pontos subiu o Ibope dos famintos no horário nobre?Quem mata milhões e sorri, coroado imperador?Nossa aldeia resiste bravamente, meu prato é raso.Como lagoas cristalinas, que tudo refletem...Inclusive nossa sinceridade, vaidade, abstinência.Dez anos mais velha, qual amor que se importa com a idade?Ousadia é privilégio, a morte é o tédio... Eu prefiro viver.Sou faminto por vivência, não abro mão da minha singela experiência.Quem nunca vivenciou pode estranhar...Mas viver é algo como degustar